Da janela do seu quarto, o Gaspar tinha vista direta para a Lua, mas o rapaz bem sabia as trapaças escondidas sob aquela luz traiçoosa e mentireira, aldrabida e fingidona. A Lua é uma feiticeira perigosa, muito antiga, muito sábia — por isso sempre foi tão amiga das corujas. Por manhas que só ela conhece, sabe bem como aprisionar a cabeça das crianças deixando-as, aluadas e lunáticas. Só o Gaspar não se deixava enganar: era um rapaz com os pés bem assentes na Lua.
Já ouviste falar da BIODIVERSIDADE, que faz com que o mundo seja muito mais bonito, variado e colorido, com tantas espécies? Assim, sempre diferentes, são também as palavras que iluminam os livros. Quanto mais palavras habitarem a nossa língua, mais forte se tornará o nosso mundo, o nosso pensamento, as nossas histórias! Assinalei, neste livro, algumas palavras e expressões e maneiras de falar um bocadinho mais esquisitas, mas também vivem na nossa língua e estão só à espera de ser descobertas. Ao descobrir essas palavras, vamos todos contribuir para a PALAVRODIVERSIDADE: e assim se torna o mundo maior e mais brilhante.